quarta-feira, 18 de junho de 2008
O silêncio da mídia
Porque? Haveria outra explicação?
Banco patrocina o silêncio da mídia nacional sobre escândalo de Alagoas
Bradesco estaria pressionando redes de televisão e grandes jornais para não divulgar o maior escândalo financeiro da história.
Abaixo transcreve-se matéria enviada pelo correspondente
Da Redação(Gunter Sacic)
"Um silêncio suspeito encobre as principais redes de televisão e os grandes jornais do Rio e de São Paulo sobre os indiciamentos de deputados estaduais de Alagoas no maior escândalo já ocorrido no Brasil envolvendo uma casa legislativa. A ALE assiste a cada dia um de seus membros ser indiciado, ceifando, praticamente a metade do Legislativo por conta do golpe de R$ 280 milhões desviados dos cofres públicos, e a mídia nacional finge ignorar.Trata-se, tudo indica, de pressão de um de seus principais anunciantes, o Bradesco, maior banco privado da América Latina e um dos maiores anunciantes na imprensa, comprometido com o esquema de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, e especificamente, de empréstimos ilegais tomados por deputados e pagos pela Assembléia.
O superintendente de Gestão Pública do Bradesco, Renan Mascarenhas, foi indiciado e não se leu nenhuma manifestação daquela instituição bancária. A mídia nacional está amordaçada.GRANDES CRIMES - A própria Polícia Federal, através do delegado Janderlyer Gomes, que preside o inquérito dos Taturanas, declarou que 'não haveria o esquema, da forma como funcionou, sem a ajuda dos bancos', sobretudo o Brades-co, que se tivesse se oposto aos empréstimos ilegais, deixaria os deputados sem condições de aplicar o golpe milionário. Certamente que a gerência geral do banco em Alagoas tomou conhecimento, antecipadamente, dos empréstimos, tanto quanto sua direção nacional, e compactuou com o crime, o que ensejaria uma severa punição do Banco Central, o que também não ocorreu.
O jornalista Ricardo Mota assim opina sobre o silêncio da imprensa nacional, coagida pelos anunciantes da rede bancária: 'Já são três as instituições bancárias envolvidas claramente no esquema de desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa: o Sudameris (onde tudo começou), Banco Rural e Bradesco. Muita gente, aliás, atribui o silêncio da imprensa nacional sobre o escândalo da Assembléia de Alagoas, à presença do gigante Bradesco, um dos maiores anunciantes do país, o que faz lembrar uma clássica frase de Bertold Brecht: 'O que é um assalto a um banco comparado com a fundação de um banco?'.
Em Alagoas já temos muitos silêncios criminosos: o do Sindicato dos Jornalistas, que não publicou uma linha sequer sobre o escândalo, e que teria vários diretores 'contratados' pela Assembléia Le-gislativa, o da bancada federal do Estado, que finge ignorar o assunto, e que já tem um de seus membros - Francisco Tenório- acusado dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.A este silêncio soma-se o da grande mídia nacional, desde a TV Globo até a Folha de São Paulo, que se limitaram a pequenos registros, sem dar manchete nem mandar para Alagoas uma equipe de jornalistas para acompanhar o desdobramento do quadro, que poderá inviabilizar o funcionamento da Assembléia, vez que, a cada dia, mais um deputado é indiciado e pode perder o mandato".
(From Gunter Sacic: Sun, 15 Jun 2008 11:31:50 -0300)
Banco patrocina o silêncio da mídia nacional sobre escândalo de Alagoas
Bradesco estaria pressionando redes de televisão e grandes jornais para não divulgar o maior escândalo financeiro da história.
Abaixo transcreve-se matéria enviada pelo correspondente
Da Redação(Gunter Sacic)
"Um silêncio suspeito encobre as principais redes de televisão e os grandes jornais do Rio e de São Paulo sobre os indiciamentos de deputados estaduais de Alagoas no maior escândalo já ocorrido no Brasil envolvendo uma casa legislativa. A ALE assiste a cada dia um de seus membros ser indiciado, ceifando, praticamente a metade do Legislativo por conta do golpe de R$ 280 milhões desviados dos cofres públicos, e a mídia nacional finge ignorar.Trata-se, tudo indica, de pressão de um de seus principais anunciantes, o Bradesco, maior banco privado da América Latina e um dos maiores anunciantes na imprensa, comprometido com o esquema de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, e especificamente, de empréstimos ilegais tomados por deputados e pagos pela Assembléia.
O superintendente de Gestão Pública do Bradesco, Renan Mascarenhas, foi indiciado e não se leu nenhuma manifestação daquela instituição bancária. A mídia nacional está amordaçada.GRANDES CRIMES - A própria Polícia Federal, através do delegado Janderlyer Gomes, que preside o inquérito dos Taturanas, declarou que 'não haveria o esquema, da forma como funcionou, sem a ajuda dos bancos', sobretudo o Brades-co, que se tivesse se oposto aos empréstimos ilegais, deixaria os deputados sem condições de aplicar o golpe milionário. Certamente que a gerência geral do banco em Alagoas tomou conhecimento, antecipadamente, dos empréstimos, tanto quanto sua direção nacional, e compactuou com o crime, o que ensejaria uma severa punição do Banco Central, o que também não ocorreu.
O jornalista Ricardo Mota assim opina sobre o silêncio da imprensa nacional, coagida pelos anunciantes da rede bancária: 'Já são três as instituições bancárias envolvidas claramente no esquema de desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa: o Sudameris (onde tudo começou), Banco Rural e Bradesco. Muita gente, aliás, atribui o silêncio da imprensa nacional sobre o escândalo da Assembléia de Alagoas, à presença do gigante Bradesco, um dos maiores anunciantes do país, o que faz lembrar uma clássica frase de Bertold Brecht: 'O que é um assalto a um banco comparado com a fundação de um banco?'.
Em Alagoas já temos muitos silêncios criminosos: o do Sindicato dos Jornalistas, que não publicou uma linha sequer sobre o escândalo, e que teria vários diretores 'contratados' pela Assembléia Le-gislativa, o da bancada federal do Estado, que finge ignorar o assunto, e que já tem um de seus membros - Francisco Tenório- acusado dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.A este silêncio soma-se o da grande mídia nacional, desde a TV Globo até a Folha de São Paulo, que se limitaram a pequenos registros, sem dar manchete nem mandar para Alagoas uma equipe de jornalistas para acompanhar o desdobramento do quadro, que poderá inviabilizar o funcionamento da Assembléia, vez que, a cada dia, mais um deputado é indiciado e pode perder o mandato".
(From Gunter Sacic: Sun, 15 Jun 2008 11:31:50 -0300)
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